Curadoria:
Vozes do silêncio:
Mulheres no Brasil oitocentista (século XIX)
Figuras históricas importantes, as mulheres participaram de modos variados da vida pública e privada do Brasil oitocentista. Entre trabalhadoras, matriarcas, professoras, esposas, e outras funções, a condição feminina ainda é vista, muitas vezes, como parte separada dos grandes fatos históricos. Em contraponto a essa perspectiva distorcida, destacamos aqui uma pequena parte dos hábitos e do cotidiano de três brasileiras do século XIX, mulheres de diferentes gerações e com histórias entrelaçadas: Olympia Coriolano da Costa, Maria Joaquina da Costa Botelho de Magalhães e Bernardina Botelho de Magalhães.
O feminino no século XIX
O século XIX representou para o Brasil um período de grandes transformações na organização social. A mudança da Família Real para terras brasileiras, a posterior Independência do país e, ao fim do século, a ruína do sistema escravista e a Proclamação da República, provocaram mudanças na cultura e nos hábitos da sociedade.
No que diz respeito à situação feminina nesse período, precisamos considerar as diferenças existentes dentro da própria categoria “mulher”. O cotidiano, os costumes e as subjetividades das brasileiras vão se apresentar de formas diferentes a depender da camada social ocupada por elas. Mulheres brancas da classe média, por exemplo, eram restritas à vida privada, ao ambiente doméstico e familiar. O trabalho exercido por boa parte dessas mulheres correspondia ao cuidado e à instrução, limitado às funções de professora, mãe e dona de casa. Por outro lado, no mesmo período, mulheres negras viviam sob a condição de escravização, realizando trabalhos braçais forçados e, juntamente com mulheres livres das camadas mais pobres, transitavam pela cidade, trabalhando como lavadeiras, costureiras e vendendo produtos variados.
O espaço das decisões políticas era restrito aos homens brancos e o acesso feminino ao letramento e à cultura permanecia diminuto. O lugar social das mulheres e sua participação na organização da sociedade eram delimitados por bases patriarcais, religiosas e médicas que moldavam o imaginário acerca do feminino, atribuindo a elas papéis a desempenhar e condições a que deveriam se acomodar. Contudo, as mulheres não deixaram de ser agentes históricos, com trajetórias próprias, autonomia de pensamento e papéis determinantes para a modificação gradual de sua condição subalternizada. Como podemos constatar em livros como Os excluídos da história: Operários, mulheres e prisioneiros, de Michelle Perrot, e Ao sul do corpo: condição feminina, maternidades e mentalidades no Brasil Colônia, de Mary Del Priori, este é um tema que a historiografia vem privilegiando ao longo do tempo e que, mesmo com as dificuldades nos levantamentos de evidências e fontes, atestam a relevância de se considerar o feminino como elemento fundamental da história, e não como um adendo complementar.
“Nunca ninguém me ajuda a subir numa carruagem, a passar por cima da lama ou me cede o melhor lugar! E não sou uma mulher? Olhem para mim! Olhem para meu braço! Eu capinei, eu plantei juntei palha nos celeiros e homem nenhum conseguiu me superar! […] Arei a terra, plantei, enchi os celeiros, e nenhum homem podia se igualar a mim! Não sou eu uma mulher? Eu podia trabalhar tanto e comer tanto quanto um homem – quando eu conseguia comida – e aguentava o chicote da mesma forma! Não sou eu uma mulher? Dei à luz treze crianças e vi a maioria ser vendida como escrava e, quando chorei em meu sofrimento de mãe, ninguém, exceto Jesus, me ouviu! Não sou eu uma mulher?“
Sojourner Truth em uma convenção de mulheres em Akron, Ohio, em 1851.
Maria Joaquina Costa
Botelho de Magalhães
A matriarca da família Botelho de Magalhães nasceu em abril de 1848 no Rio de Janeiro. Filha do médico e diretor do Imperial Instituto dos Meninos Cegos (atual Instituto Benjamin Constant), Cláudio Luís da Costa, foi também criada por sua irmã mais velha Olympia, por quem nutriu até o fim de sua vida um grande carinho.
Casou-se, em 1863, aos 15 anos, com Benjamin Constant Botelho de Magalhães, depois que este ingressou como professor de matemáticas elementares na escola dirigida por Cláudio, seu pai. O casamento, mesmo com as dificuldades econômicas enfrentadas por Benjamin, não visou interesses financeiros, visto que a família de Maria Joaquina não possuía grandes posses. Pelo contrário, a união é sempre retratada, nas correspondências trocadas por ambos, como de muita afinidade e bons sentimentos. Durante os 28 anos juntos, o casal teve oito filhos: Aldina (1864-1938), Adozinda (1866-1942), Alcida (1869-1957), Leopoldo (1870-1871), Benjamin (1871-1901), Bernardina (1873-1928), Claudio (1875-1978) e Aracy (1882-1961), tendo o primeiro e o último menino falecido ainda na infância.
Maria Joaquina se dedicou à instrução dos filhos e aos cuidados domésticos durante toda a vida. É o que expõe nas cartas trocadas com os familiares, sempre preocupada com a saúde de todos, demonstrando carinho e aconselhando quando necessário. À filha Bernardina, recomendava paciência, e ao filho Benjamin, mais juízo. Por outro lado, o apreço dos familiares por ela é evidente e Maria Joaquina se mostra como um pilar fundamental para a sustentação das relações entre os parentes, e parece ter desempenhado um papel importante nas tomadas de decisão de seu marido, já que Benjamin demonstra, em algumas correspondências, o peso da opinião da esposa sobre vários assuntos.
Contudo, assim como muitas mulheres da época, a imagem de Maria Joaquina é constantemente vinculada à vida do esposo, sendo inclusive chamada de “viúva Benjamin Constant”, após a morte do marido, em 1891. Em contraposição a essa aparente falta de identidade e autonomia, as evidências documentais, como as cartas e as fotografias, apresentam uma mulher que assumiu várias responsabilidades e que conduziu filhos, filhas, genros, netas e netos. Ela ainda manteve comunicação com professores e políticos que buscavam informações sobre seu falecido marido, dado o destaque que a participação de Benjamin na Proclamação da República acabou conferindo à sua figura póstuma.
Maria Joaquina dedicou-se à preservação da memória de Benjamin, conservando sua produção intelectual ligada ao Positivismo, à educação e à República, além de roupas e objetos pessoais. Ela inclusive lutou pela justa imagem da qual, a seu ver, Benjamin Constant deveria gozar, em face de acusações de que ele havia morrido em situação de insanidade mental. Escreveu a seus alunos e amigos, pediu deles relatos em primeira pessoa sobre o falecido professor e queria usar as evidências como bem entendesse.
É através da obstinação de associar a trajetória de seu marido como parte da história do Brasil, que hoje podemos contar com o extenso acervo de Benjamin Constant, preservado na casa em que Maria Joaquina residiu até a morte, em 1921. Olhando para trás, desde o século 21, podemos afirmar que ela fez a história tanto quanto Benjamin Constant.
“Tendo circulado certos boatos sobre o estado de sanidade mental de meu pranteado marido, Dr. Benjamin Constant, nos últimos meses de sua vida, rogo-vos o obséquio de declarardes junto a esta, com toda franqueza e imparcialidade a vossa observação pessoal e semelhante respeito, permitindo-me o uso que se tornar necessário. Saúde e fraternidade.”
(Maria Joaquina, 1891)
Caderneta de Benjamin Constant, bordada por Maria Joaquina com fios do seu próprio cabelo.
Leque de Maria Joaquina
Acessório de cabelo de Maria Joaquina
Carta enviada a Maria Joaquina escrito “Viúva Benjamin Constant”
Olympia Coriolano
da Costa Gonçalves Dias
Olympia nasceu em 1828, também filha de Cláudio Luís da Costa, e irmã mais velha de Maria Joaquina, a quem direcionava um tratamento maternal a ponto de ser chamada carinhosamente de “mamãe” pela caçula. Professora de piano e por um breve período, diretora da Sociedade Amante da Instrução, teve acesso ao letramento, e precisou trabalhar para suprir as demandas financeiras. Viveu entre o Rio de Janeiro, Europa e Niterói até sua morte, em 1893, aos 65 anos, contrariando as expectativas alimentadas por comentários acerca de sua saúde supostamente frágil.
Casou-se em 1852 com o poeta Antônio Gonçalves Dias, com quem teve uma vida conjugal extremamente conturbada, o que se verifica nas cartas trocadas entre o casal. A demora no envio de notícias por parte de Gonçalves Dias, que estava em constantes viagens, bem como a frieza e indiferença do marido, uniam-se à frustração e à tristeza expressas nas palavras de Olympia para indicar os maus anos vividos juntos. O casal teve uma filha em 1854, chamada Joanna Olympia, que faleceu com apenas dois anos de idade, abalando ainda mais a vida já desequilibrada de ambos. É com base nas correspondências trocadas entre Gonçalves Dias e os amigos, sobretudo com Guilherme Schüch, o Barão de Capanema, que formou-se a imagem negativa acerca de Olympia, reafirmada por Vicente de Azevedo – biógrafo do poeta – que a nomeou pejorativamente de “Diana caçadora de marido”.
“Que tu nunca me estimaste já disso devia eu ter a certeza, porém parece incrível que eu tendo cada vez mais provas do teu indiferentismo, cada vez parece que te estimo mais, já é loucura da minha parte, porém não está nas minhas mãos deixar de estimar-te. Se estivesse, eu seria mais feliz, pois o que mais custa neste mundo é ser tratado com indiferentismo pela pessoa a quem mais estimamos.”
(Olympia para Gonçalves Dias, Rio de Janeiro, 1862)
A figura ciumenta, egocêntrica e digna de piedade, criada pelo marido, se choca diretamente com a Olympia retratada por seus familiares. Tia cuidadosa, irmã protetora e conselheira, cunhada responsável e carinhosa são alguns aspectos que podemos atribuir à Olympia, a partir de várias fontes. Muitas vezes, cuidava dos filhos de sua irmã quando esta viajava com o marido. Na ausência de Benjamin, durante seu tempo como diretor do Imperial Instituto dos Meninos Cegos, era Olympia quem ficava responsável pela escola.
Demonstrava conhecimento pela vida pública brasileira, externalizando em suas correspondências opiniões acerca da situação política do país, com críticas à monarquia, sem entretanto, explicitar preocupação com os desníveis sociais, a situação dos escravizados ou das trabalhadoras livres. Mesmo desempenhando papéis variados, poucas são as pesquisas acerca da sua personalidade, exceto por comentários sobre a sua participação na vida do pai e do marido, e os escritos que dela falam são bastante típicos da configuração moral de seus autores, ou seja, recheados de posicionamentos patriarcais e preconceituosos.
Fios de cabelo de Olympia, guardados na ocasião de sua morte pela irmã Maria Joaquina
Leque de Olympia
Joanna Olympia Gonçalves Dias
Olympia e Maria Joaquina em 1854
Bernardina Botelho de Magalhães
“Acordei hoje ao toque de trombetas dos soldados e assustada levantei-me e soube então por mamãe que vieram de madrugada alguns oficiais para irem com papai para o quartel-general, pois receavam que o movimento para república rebentasse hoje”
(Bernardina em seu diário, 1889)
Bernardina, sexta filha do enlace entre Benjamin Constant e Maria Joaquina, nasceu em 15 de abril de 1873. Tornou-se uma das figuras mais conhecidas da família pela posterior divulgação dos diários que redigiu aos 16 anos. Configuram-se originalmente em quatro volumes, dos quais dois foram preservados por seus descendentes, provavelmente visando a preservação da memória da ente querida e também, a prova documental de que a família havia se envolvido em acontecimentos memoráveis. Entre a gama de assuntos cotidianos, seus escritos apresentam os episódios ligados à proclamação da República, a partir do ponto de vista doméstico da filha de um dos principais protagonistas da mudança de regime político pela qual o Brasil passou, em 1889.
Possivelmente influenciada pelo pai, visto que Benjamin também possuía seus cadernos de notas e demonstrava grande preocupação em registrar os eventos, Bernardina relata nas páginas sua rotina com aulas de piano, pequenos trabalhos de costura e as costumeiras visitas de parentes e amigos, com quem se reunia nas refeições. Assim, o diário de Bernardina pode ser uma fonte riquíssima para uma história social das mulheres da classe média no Brasil. Em suas páginas conseguimos observar a centralidade das relações familiares e o destino, comumente reservado ao feminino, de tarefas ligadas ao espaço do lar e cuidados com a família. Também nota-se a ausência de comentários sobre a vida amorosa, paixões e prazer, indicando que esses assuntos poderiam ser entendidos como inadequados para moças jovens.
“Papai foi dar aula. Tia Olímpia foi à lição. Depois do almoço mamãe e eu fomos à casa da tia de dr. Álvaro; na ida passamos em casa da d. Leopoldina para mamãe falar-lhe sobre umas costuras; mamãe comprou numa chácara um raminho de violetas para Araci ir levar à d. Lili (cunhada do dr. Souza Lima), mas como eu perdi na rua o raminho, ela não foi. O dr. Veiga esteve cá de manhã.”
(Bernardina em seu diário, 1889)
A existência do diário nos indica o desvio que Benjamin Constant e Maria Joaquina conseguiram imprimir à família, em face dos padrões da época. As estimativas indicam que apenas uma pequena parte das mulheres tinha acesso ao letramento. Bernardina não só dominava a escrita como a exerceu em favor da memória e, hoje sabemos, da história brasileira. Para além das suas notas, as correspondências trocadas com seus familiares deixam perceber uma personalidade impulsiva e afrontosa para a época, constantemente recebendo conselhos da mãe para ser mais serena e ponderada. Casou-se com João Albuquerque de Serejo, com quem teve 10 filhos. Com o marido, construiu sua residência ao lado da casa de Maria Joaquina, na chácara onde hoje situa-se o Museu Casa de Benjamin Constant. Morou ali até sua morte em 1928, aos 55 anos. Conhecida como “Casa da Bernardina”, o prédio abriga hoje a administração, os setores técnicos e as coleções do museu.
Caderneta de Bernardina, presente de sua mãe Maria Joaquina em seu aniversário de 19 anos
Parte interna da caderneta de Bernardina, presente de sua mãe Maria Joaquina em seu aniversário de 19 anos
Flor bordada feita por Bernardina e oferecida a Manoel Miranda por ocasião da 1ª Festa da Bandeira em 1908
Bernardina e esposo, João de Albuquerque Serejo, em 1896
Todo regime político é composto por agentes históricos individuais, coletivos e institucionais, que produzem um imaginário, um conjunto de símbolos legitimadores e imagens de apelo que visam ao apoio popular. Com a formação da República brasileira não foi diferente. Para garantir a adesão do povo e afastar a identificação com a monarquia, as representações republicanas atuavam para construir uma identidade para o regime, explicitando visualmente sua ideologia, por meio de símbolos, ritos e alegorias.
No Brasil, influenciado pelas alegorias republicanas da França revolucionária e pela crescente adesão brasileira à corrente positivista, a figura da mulher foi amplamente utilizada para representar a jovem República. O Positivismo, sistematizado pelo filósofo e matemático Augusto Comte, privilegiava a figura feminina. Comte, sobretudo na última fase de sua filosofia em que organizou doutrinariamente a Religião Positiva, promoveu a imagem da mulher como símbolo da Humanidade. Esta figura deveria funcionar como um estímulo estético, emulando a Madona Sistina pintada por Rafael Sanzio em 1512, mas com o rosto iconicamente semelhante à Clotilde de Vaux, mulher com quem Comte manteve intensa correspondência e com quem discutiu elementos de sua filosofia.
Esta imagem congregava em si os três elementos fundamentais da sociedade, segundo o Positivismo: a família, a pátria, e a humanidade. Atribuía à mulher o papel agregador da família, como unidade do coletivo pátrio, garantindo o bom convívio no seio da humanidade. Era, enfim, o “ser humano ideal”. Assim, a concepção da mulher enquanto mãe, esposa e guardiã do lar, protetora da reprodução humana e instrução de seus valores, tornava-a uma figura perfeita para ilustrar os ideais positivistas e o novo regime nascente, ambos voltados para o progresso da humanidade. A isso também se somou a tradição de uma cultura visual ocidental bem enraizada no imaginário, que se valia da figura da mulher para as representações das virtudes morais, da justiça, da ciência e da liberdade, por exemplo. A vinculação entre a figura de Marianne, característica da Revolução Francesa, e os ideais republicanos no Brasil do século XIX só veio a alimentar a prevalência do feminino no simbolismo nacional.
A própria Maria Joaquina foi representante dessas alegorias, juntamente com seu esposo Benjamin Constant. Está presente no Monumento a Benjamin Constant, na Praça da República, Rio de Janeiro. O conjunto escultórico apresenta Maria Joaquina atrás do marido, em plano mais alto, carregando nos braços a bandeira da República brasileira, que cobre seu esposo como símbolo de bênção e proteção. O monumento apresenta também a influência de outras mulheres eminentes, como Clotilde de Vaux e Beatriz Portinari, musas inspiradoras de Auguste Comte e Dante Alighieri, respectivamente.
No entanto, é importante ressaltar que a presença da figura feminina na cultura visual do republicanismo brasileiro não se traduz numa mudança da condição das mulheres reais, no século XIX e XX. A grande ênfase dada a elas, no período, permanecia no campo alegórico e obedecia a demandas específicas do campo político e social, permeados pelo patriarcado. Seus maiores propagadores, homens de letras e da elite, faziam questão de sublinhar o lugar da mulher como esposa e mãe, doméstica e reprodutora. Enquanto a política se mantinha como espaço reservado a esses mesmos homens.
Homenagem post mortem a Floriano Peixoto, com uma alegoria feminina o cobrindo com a bandeira brasileira e a figura de Benjamin Constant no plano de fundo. Inscrição “Ao mais digno!”
“Tu és para mim muito mais que a Clotilde de Vaux era para o sábio e honrado Auguste Comte. Sigo, como sabes, todas as suas doutrinas, seus princípios, suas crenças: a religião da humanidade é a minha religião, sigo-a [de coração] com a diferença, porém de que para mim a família está acima de tudo”
(Benjamin Constant para Maria Joaquina durante a Guerra do Paraguai, 1867)
Referências
Bibliográficas
BORGES, Urquiza Maria. As peripécias da fortuna: cotidiano feminino – Sécs. XIX e XX. São Paulo: Annablume, 2012.
COSTA, Ariana. Maria Joaquina da Costa Botelho de Magalhães: A matriarca da família Botelho de Magalhães sob a ótica de correspondências entre 1863 e 1921. Monografia (Graduação em História) – Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, p.45.2021.
DAVIS, Angela. Mulheres, raça e classe. Candiani, Heci Regina. São Paulo: Boitempo, 2016. 244p
DEL PRIORI, Mary. Ao sul do corpo: condição feminina, maternidades e mentalidades no Brasil Colônia. São Paulo: Unesp, 2009
DE SOUSA NASCIMENTO, Francisco de Assis; DE SOUSA BATISTA, Joel Marcos Brasil. Entre Marianne e Clotilde: A representação feminina nas representações da república brasileira (1889-1896). Revista de Estudos de Cultura, v. 8, n. 21, p. 85-97, 2022.
LEMOS, Renato. Cartas da guerra. 1999.
MAGALHÃES, Bernardina Botelho de. O diário de Bernardina: da Monarquia à República pela filha de Benjamin Constant . Organização, introdução e notas: Celso Castro e Renato Luís do Couto Neto e Lemos. Rio de Janeiro: Zahar, 2009.
PERROT, Michelle. Os excluídos da história: Operários, mulheres e prisioneiros. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2017.