O acervo do Museu foi constituído inicialmente por peças reunidas quando do tombamento do imóvel pelo SPHAN no ano de 1958, além de doações feitas pelo neto de Benjamin Constant, Pery Constant Bevilaqua.
Com a retomada da casa pela União, em 1961, por ocasião do falecimento da filha mais nova de BC, foram encontradas peças de mobiliário que também ficaram sob a guarda do SPHAN.
No ano de 1980, com os trabalhos de organização do Museu, foi doado mais um conjunto de objetos que pertenceram a Benjamin Constant e seus familiares por seu neto Pery, para a montagem da exposição e inauguração do Museu em 1982.
Em 1993, o Museu recebe por doação dos bisnetos de Benjamin Constant, objetos e grande volume de documentos que pertenceram à Pery Constant Beviláqua, falecido em 1990.
Atualmente, o museu conta com cerca de 1.000 itens de acervo museológico, dentre peças de Mobiliário, Pinturas, Esculturas, Objetos Pessoais, Utensílio Domésticos, Livros, Documentos e Fotografias, organizados nas seguintes coleções:
- Coleção Benjamin Constant – formada por objetos que pertenceram ao patrono do Museu;
- Coleção Família – formada por objetos que pertenceram a viúva Maria Joaquina e descendentes de Benjamin Constant;
- Coleção José Beviláqua – formada por objetos pertencentes ao genro de Benjamin Constant;
- Coleção Pery Bevilaqua –formada por objetos pertencentes ao neto de Benjamin Constant;
- Coleção Museu – formada por peças de época e réplicas doadas para a reconstituição dos ambientes da exposição.
O acervo do museu é, portanto, constituído tanto por peças e documentos reunidos quando da sua criação, quanto por outros, agregados posteriormente. Entretanto, independente do período de aquisição, todos os objetos integrantes do acervo cumprem seu papel principal: oferecer aos visitantes e pesquisadores ferramentas para o conhecimento da vida de Benjamin Constant, em seu tempo e da influência deste sobre seus descendentes.
Destacamos, ainda, a recente aquisição no ano de 2017 de um retrato de Benjamin Constant pintado a óleo sobre tela por Décio Villares, artista positivista e o principal retratista de Benjamin Constant. O quadro em questão documenta visualmente a construção da imagem de Benjamin como Fundador da República, em diálogo com a retórica positivista do final do século XX. Além da importância histórica, a aquisição foi significativa por ter sido a primeira vez que um objeto foi incorporado ao acervo de uma unidade museológica do IBRAM através do exercício do direito de preferência de compra em leilões, previsto em legislação vigente.